Piadinha interna: a capital do Mato Grosso é Campo Grande. Revidei. Essas pessoas que nasceram no Mato Grosso do Norte, viu.
30 junho 2009
Cem anos de solidão
Há um sonho do patriarca da família Buendía, um sonho que José Arcadio tinha repetidas vezes perto da morte. O sonho dos quartos infinitos, ele sonhava que ao se levantar da cama, abria a porta e passava para outro quarto igual, com a mesma cama, poltrona e o quadro na parede. Desse quarto passava para outro exatamente igual, e, em seguida, para outro exatamente igual, até o infinito. Ele ia de quarto em quarto até que o homem que ele matou tocava em seu ombro. Então voltava de quarto em quarto, acordando para trás, fazendo o caminho inverso, e encontrava esse homem no quarto da realidade. Esse trecho é uma metáfora de retrocesso, dessa volta imaginária. O ponto em que quero chegar é que tive um sonho parecido, só que os quartos não tinham paredes, eram de vidros. Em Cem anos de solidão a história parece estar sempre se repetindo, alguns anos depois o filho do José Arcadio começa a ter um mesmo sonho seguidas vezes pouco antes da morte, um sonho que ele não poderia recordar ao acordar, porque aquele sonho tinha a virtude de não ser recordado a não ser dentro do próprio sonho. O Coronel Aureliano Buendía recordaria o sonho só no dia de sua morte, esse sonho era sobre o circo, sobre o desfile desses personagens do circo, após o desfile só sobra o Coronel e ele observa a cara de sua miserável solidão. Espero não voltar a sonhar com o quarto de vidro, pois no livro era o prenúncio de algo trágico, como morrer urinando na castanheira.
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2 comentários:
CAra, não sei vc mas este foi o livro mais entediante que li! talvez nao o tenha lido com atencçao suficiente¹¹ abravcos
esse é um dos livros que mais gostei de ter lido, plinio. dê uma segunda chance ao livro, o interessante é que na segunda vez que nós o lemos parece que estamos diante de um novo livro, tem história demais nas entrelinhas.
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