03 agosto 2008

Frases do que ando (re)lendo

Frédéric Beigbeder, $ 29,99
"Sou o cara que vende a merda a vocês. Que faz vocês sonharem com aquelas coisas que nunca vão ter. Céu sempre azul, garotas nunca feias, uma felicidade perfeita, retocada em PhotoShop. Imagens supercaprichadas, músicas da moda."

"Na minha profissão, ninguém deseja a felicidade de vocês, porque pessoas felizes não consomem."

"Decreto o que é verdade, o que é belo, o que é bem. Seleciono as manequins que vão excitá-los daqui a seis meses. De tanto afixá-las por toda parte, vocês as batizam de top-models; minhas garotas deixarão traumatizadas todas as mulheres com mais de 14 anos. (...) Quanto mais brinco com o subconsciente de vocês, mais vocês me obedecem."

"Tudo é provisório: o amor, a arte, o planeta Terra, vocês, eu. A morte é tão inelutável que pega a todos de surpresa. Como saber se este é o último dia? A gente acha que tem tempo.
(...) Tudo se compra: o amor, a arte, o planeta Terra, vocês, eu. (...) Tudo é provisório e tudo se compra. O homem é um produto como os outros, com uma data limite de venda."

"Vocês não vão escapar de mim. Podem pôr os olhos onde bem entenderem, lá reina a minha publicidade. Estão proibidos de sentir tédio. Impeço-os de pensar."

"O que é que eu posso fazer se a humanidade escolheu trocar Deus por produtos de consumo em massa?"

"Permita-me lembrar-lhes que se a publicidade é uma técnica de intoxicação cerebral que foi inventada pelo americano Albert Davis Lasker em 1899, ela foi sobretudo desenvolvida com muita eficácia por um certo Joseph Goebbels nos anos 1930, com o objetivo de convencer o povo alemão a queimar os judeus."

"Vocês estão diante de indivíduos que desprezam o público, que querem mantê-lo num ato de compra idiota e condicionado. Na cabeça deles, estão se dirigindo à 'mongolóide de menos de cinqüenta anos.'"

"Na maior parte do tempo, o amor é hipócrita: as garotas bonitas ficam apaixonadas (sinceramente, pensam elas do fundo do coração) por caras como que por acaso cheios da grana, capazes de lhes oferecer uma bela vida de luxo. Não é igual às putas? É."

"A vida é um genocídio."

"O amor não tem nada a ver com o coração, esse órgão repugnante, espécie de bomba d'água lotada de sangue. O amor aperta primeiro os pulmões. Não se deveria dizer "estou com o coração partido" e sim "estou com os pulmões sufocados". O pulmão é o órgão mais romântico: todos os amantes pegam tuberculose; não é por acaso que foi desta doença que Tchekhov, Kafka, D.H. Lawrence, Frédéric Chopin, Geroge Orwell e Santa Tereza de Lisieux morreram."

"Só lê escritores suicidados: Hemingway, Kawbata, Gary, Chamfort, Sêneca, Rigaut, Petrônio, Pavese, Lafargue, Crevel, Zweig, Drieu, Montherlant, Mishima, Debord, Lamarche-Vadel, sem esquecer as moças: Sylvia Plath e Virginia Woolf. (alguém que só lê autores suicidados é alguém que lê muito.)"

"- Por que você não diz nada?
- quando não digo nada é ótimo sinal: quer dizer que estou intimidado. Quando estou intimidado, é ótimo sinal: quer dizer que estou perturbado. Quando estou perturbado, é ótimo sinal: quer dizer que estou me apaixonando. E quando estou me apaixonando, é péssimo sinal."

"É sempre assim com as mulheres, ou nos frustram, ou nos dão nojo."

"Os pobres vendem droga para comprar Nike, ao passo que os ricos vendem Nike para comprar droga."

Esse livro do Frédéric Beigbeder virou filme, só não sei se já foi lançado no Brasil.

Um comentário:

Ráissa disse...

melhor livro!