07 abril 2015

Identificando uma Criança Daltônica

Já contei minha história algumas vezes, de como descobri que era daltônico, só no segundo grau, após enfrentar todo tipo de professores de artes, nenhum deles com um pingo de bom senso para identificar uma criança com dificuldade para identificar cores. Uma criança que pintava troncos de árvores de vermelho e que via um céu roxo, folhagens laranjadas e um arco íris de três cores.
A primeira coisa que você deve saber sobre daltonismo é que ele afeta principalmente homens:
Por conta do cromossomo x, que o homem possui apenas um, enquanto o outro é y, as mulheres possuem dois x (xx). Num resumo simples, para um homem ser daltônico basta que seu cromossomo x possua o gene recessivo, assim ele será daltônico, para as mulheres é bem mais difícil, muitas vezes ele é portadora do daltonismo, mas não manifesta. 
Outra coisa sobre daltonismo são os diferentes graus, e é difícil saber se uma criança é ou não daltônica e qual seu grau de daltonismo, quais cores ela possui dificuldade em identificar. 
Na escola começamos a aprender as cores, aí começam as dificuldades, eu mesmo achava que havia aprendido as cores errado, que era um problema de aprendizagem e não que era algo genético. 
Você pode começar fazendo perguntas ao seu filho sobre cores de determinados objetos ou partir diretamente para o teste de Ishihara, você irá encontrar vários deles pela internet, aqui no meu blog inclusive. Caso seu filho apresente dificuldades em identificar os números no teste, é melhor consultar um oftalmologista e ter uma análise de um profissional sobre isso. 
É importante descobrir o daltonismo em crianças o quanto antes, pois isso pode afetar sua aprendizagem, eu mesmo não conseguia ler as legendas em mapas ou gráficos, sempre tive dificuldades nas aulas de artes e passei por situações constrangedoras por não identificar algumas cores, para uma criança isso pode ser traumático. 
Acredito que ao descobrir que seu filho é daltônico o primeiro passo é conversar com seus professores e explicar a situação, para que os professores consigam adaptar as tarefas, algo que aconteceu comigo na graduação, minha professora de química fazia as titulações para mim, pois eu não conseguia verificar quando a solução mudava de cor com o reagente, isso facilitou e muito minha vida acadêmica.


Nenhum comentário: